terça-feira, 15 de julho de 2014

Abrigos de bonde na Av. Ana Costa

Eles as vezes ficam meio esquecidos pelas pessoas, que na correria do dia-a-dia passam rapidamente pela Avenida Ana Costa, em Santos.
Mas os antigos abrigos de bondes continuam ali,  em três pontos da avenida.
Ainda não descobri a data certa de construção desses abrigos, mas é bem provável que foi no período da gestão do prefeito Antonio Feliciano, ou seja, entre 1953 e 1957. Na mesma época, foram construídos os Edifícios Parque Verde Mar, no Boqueirão e Enseada, na Ponta da Praia, ambos projetados pelo arquiteto Artacho Jurado. E também a Fonte Vicente de Carvalho, cujas linhas de estilo modernista, lembram as construções dos antigos abrigos de Bondes. 

(Fotos obtidas com a câmera a GoPro Hero3)

Abrigo de bondes na avenida Ana Costa. À direita, vemos a fiação do trólebus. (Foto: Emilio Pechini/Creative Commons)
(Foto: Emilio Pechini/Creative Commons)
(Foto: Emilio Pechini/Creative Commons)
Adicionar legenda(Foto: Emilio Pechini/Creative Commons)


Além dos citados na avenida Ana Costa, da mesma época e estilo há o Abrigo na Avenida Bartolomeu de Gusmão, na praia do Boqueirão. Houve mais um semelhante, na avenida Almirante Saldanha da Gama, em frente ao Clube Internacional de Regatas, posteriormente demolido.

sábado, 12 de julho de 2014

Bondes de Santos: o Bonde 17

Bonde de Santos, ainda sob a gestão da C.S.I.C - The City of Santos Improvements Company em 1950, na garagem da Vila Mathias (reprodução feita por Emilio Pechini, obtida no livro de inventário da transição CSIC - SMTC - acervo Fundação Arquivo e Memória de Santos)

O serviço de bondes de Santos, em termos de transporte coletivo municipal e regular, foi encerrado oficialmente no dia 27 de abril de 1971, um sábado. As duas últimas linhas de bondes a circular na cidade foram as linhas 17 e 42. 

Bondes de Santos na garagem da Vila Mathias, em 1950. Posteriormente, já na gestão do Serviço Municipal de Transportes Coletivos (S.M.T.C.) com a implantação do serviço de trólebus, esta garagem foi destinada para os novos ônibus elétricos em 1963.(reprodução feita por Emilio Pechini, obtida no livro de inventário da transição CSIC - SMTC - acervo Fundação Arquivo e Memória de Santos)
O encerramento do serviço de bondes foi programado, já no final dos anos 1960, quando aos poucos as linhas foram sendo reduzidas. Em março de 1970, restavam as linhas 16, 17, 19, 23, 37, 39 e 42. A linha 16 foi extinta poucos meses depois. Em Julho daquele ano de 1970 as linhas 17, 19 e 39 deixaram de circular aos Domingos e Feriados. Em Setembro de 1970 foi a vez das linhas 23, 37 e 42, deixarem de circular nesses dias, obedecendo ao programa de extinção dos bondes. Aos poucos as linhas foram sendo extintas: as linhas 19 e 39 de bondes sairam de circulação em 13/02/1971, as circulares 23 e 37, foram extintas no dia 20 de Fevereiro de 1971 e as últimas linhas de bonde a circular em Santos foram as linhas 17 e 42, em 27/02/1971, sendo que o último bonde, da linha 42 circulou ainda na madrugada do dia 28/02/1971. 

A linha 17 foi uma das duas últimas linhas de bondes de Santos


A LINHA 17 - CAMPO GRANDE

A linha 17, que encerrou suas atividades juntamente com a 42, servia o bairro do Campo Grande. Em 1956, segundo o site Novo Milênio, o itinerário do Bonde 17 era o seguinte: 

Bonde Nº 17 - Campo Grande - Ida - Rua Frei Gaspar, Rua São Francisco, Rua Senador Feijó, Rua Rangel Pestana, Rua Antonio Bento, Av. Pinheiro Machado, Av. Bernardino de Campos, Rua Carlos Gomes, Rua José Clemente Pereira, Rua João Caetano. Volta - Rua João Caetano, Rua Teixeira de Freitas, Rua Duque de Caxias, Av. Bernardino de Campos, Av. Pinheiro Machado, R. Rangel Pestana, Rua Senador Feijó, Praça J. Bonifácio, Rua Amador Bueno, Rua Frei Gaspar. 

Já em março de 1970 e até o fim, o itinerário sofreu poucas alterações: o ponto final foi descolado para atrás da Prefeitura (Rua Augusto Severo), seguindo em direção ao Cais, e depois seguindo para a Rangel Pestana pela rua Brás Cubas. Veja o itinerário completo: 

Bonde 17 - Campo Grande (Março de 1970) Linha 17 - 9 carros, frequência 5 minutos. Ida - rua Augusto Severo esquina com rua Cidade de Toledo, pças Barão do Rio Branco e República, rua Brás Cubas, avenida Rangel Pestana, Antonio Bento, avenidas Pinheiro Machado e Bernardino de Campos, ruas Carlos Gomes, José Clemente Pereira e João Caetano. volta - ruas João Caetano, Teixeira de Freitas, Duque de Caxias, av Bernardino de Campos, Pinheiro Machado, Praça Narciso de Andrade, avenida Rangel Pestana, rua Brás Cubas, praça José Bonifácio, rua Amador Bueno, rua Itororó, General Câmara e Augusto Severo. 

Nos anos finais do serviço de bondes, os bondes 17 e 42 faziam ponto final na rua Augusto Severo, atrás da Prefeitura de Santos (reprodução feita por Emilio Pechini, do Almanaque de Santos 1968, acervo da Hemeroteca Municipal Roldão Mendes Rosa)


Detalhes a serem apontados: 
- Na avenida Rangel Pestana, a pista da direita da avenida (sentido Morro Nova Cintra) era exclusiva dos bondes, com trilhos de ida e volta. 
- Na avenida Pinheiro Machado, entre a avenida Ana Costa e o entrocamento com a rua Francisco Manoel a via de trilhos era dupla, porém na mesma pista da avenida, no caso a pista sentido praia. - Havia o cruzamento com a pequena estrada de ferro da Companhia Docas, próximo ao estádio da Portuguesa Santista. Neste trecho os trilhos deixavam de ser de via dupla e tornavam-se singelas para cruzar com os trilhos da ferrovia. 
- Em todo o trecho do Canal 2 (Av. Bernardino de Campos) a via era sempre dupla (trilhos para ida e trilhos para volta, lado a lado) porém sempre na mesma pista (no caso, a pista sentido praia).



terça-feira, 8 de julho de 2014

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